Dia desses tava lendo o artigo “O Fanzine como imprensa alternativa de resgate cultural”, de Gazy Andraus, que nos mostra um pouco sobre os fanzines e as historias em quadrinhos independentes. O Fanzine se tornou no Brasil o principal meio de divulgar a produção das histórias em quadrinho.
O autor do artigo falaa que a impressão de histórias em quadrinhos continua evoluindo junto com os jornais impressos, graças a seu público que sempre acompanha as histórias, e que o fanzine, que significa revista de fã (fanatic + magazine), é uma forma de editoração alternativa, prendendo o máximo possível da visão do leitor.
O fanzine é um meio onde as pessoas podem expressar seus pensamentos. O tema é livre, criativo e, de acordo com o autor, suas páginas contém formas artísticas com ilustrações, desenhos, poesias, letra de música, etc. ele foi criado entre a década de 1930 e 1940 nos EUA, como forma de debate, e no Brasil a partir da década de 1960 como boletins de informação acerca dos personagens de histórias em quadrinhos.
Andraus segue falando que os Fanzines no Brasil, possuem uma forte relação com os Estados Unidos e o Japão, pois, seus personagens de histórias em quadrinhos, são, geralmente, da Disney, mangás, etc. O ponto importante do fanzinato brasileiro é que ele é mais ativo e significativo, resgatando uma memória crítica de material nacional inserido na memória cultural nomes de vários autores de quadrinhos.
Um autor que marcou o Fanzine e que continua na criação deles, é o Edgar Guimarães, que Andraus cita no artigo. Ele criou o QI (Quadrinhos Independentes), passou a editar fanzines de outros autores e publicá-los. Foi através das publicações de Guimarães que o fanzine deu um salto importante e o número de leitores do QI só aumentavam. A qualidade com o tempo foi melhorando, fazendo com que alguns autores ganhassem até prêmios.
De acordo com Andraus, o fanzine é um importante objeto que resgata e mantém a cultura através da manutenção e divulgação de autores, artigos importantes e debates culturais, auxiliando em uma produção alternativa que, se dependesse de uma licença oficial jamais seria publicado ou editado. Esse é o diferencial do fanzine, ser independente.
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